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terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Forca
Estou sentenciado a morte
fico nessa cela a espiar
pela pequena janela
eles preparando minha forca
sou ainda jovem para acabar aqui
espero pelo meu Husky
mas o pobre morreu de calor
nesse deserto,eles me jogam alguns
feijões que coloco nas frestas
do chão,e os rego com meu suor
abrem a porta já está na hora
a plateia ansiosa para o espetáculo
Que pena! estou sem meu terno e os
sapatos do velho Bozo que até hoje ainda
me assustam,quero fugir mas não vejo
meus companheiros nem tempestade
por vir, subo na cadeira, já está na hora!
o moleque que brinca de esconde -esconde
passa correndo e mete a cadeira pra longe
tremo e temo,mas erram no comprimento da corda
perplexos as pessoas não sabem se riem ou choram
consigo escapar sem demora,alguém lá do fundo
grita, espero que não venham a errar novamente essa maldita
medida, pois já é o quarto a escapar,mas a tristeza me toma
por alguns minutos, como pude esquecer de meus feijões!.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Vício Vida
Clarice o que fez?
alvorece mais uma vez
mesmo querendo que o dia
anterior fosse o último
deitada sobre os jornais
úmidos do viaduto Clarice
acorda em trapos.
Levanta ainda atordoada
ajeita o cabelo como pode
puxa a saia que sobe acima de seu joelho
respira ofegante,procura alguém disposto
a aceitar seus serviços.
Não só para suprir seu vício
mas sem ele não tem como suportar
as dores da banalidade pois ainda
não é mulher só uma criança sem
lar e com fome.
O governo a interna e a outros mais
por causa do vício, querem ajudá-los
a força,os submetem a tratamentos
rigorosos,trocam seus vícios por outros.
Tiram sua liberdade de ir e vir,a lei
deveria garantir aos mesmos liberdade e
segurança,mas só pensam na estética
em como as ruas ficariam mais apresentáveis
aos outros civis e aos afortunados que
poderiam caminhar sem se preocupar
em ver logo ali na calçada aquele
amontoado de pessoas queimando aos
poucos o que lhe resta de vida em um cachimbo
Como em qualquer outro procedimento
os que não se recuperam viram
mais um número nas estatísticas.
Ô Clarice !tivesse nesse dia
em algum quarto de motel
mas estava na rua, quando os policiais a levaram
abusada dentro da viatura sem pra quem
contar,por que aquilo tudo, não queria tratamento
apenas um lar,só porque era moradora de rua
e uma viciada mas há tantos médicos , advogados,
pessoas ricas que sofrem do mesmo vício,por que
não os levam a força também?
Quando em choro e tentando ajeitar a alça
do vestido rasgado pelo abuso,sentiu como
se uma lança lhe atravessasse o peito
de joelhos contemplava toda sua trajetória
e sem arrependimento sorriu ,mas foi calada com
mais três tiros.
Infelizmente o caso fora arquivado em
meios a outras centenas de pilhas,pois
o que é a compaixão em um mundo
movido por seres tão egoístas e orgulhosos
como o homem?.
alvorece mais uma vez
mesmo querendo que o dia
anterior fosse o último
deitada sobre os jornais
úmidos do viaduto Clarice
acorda em trapos.
Levanta ainda atordoada
ajeita o cabelo como pode
puxa a saia que sobe acima de seu joelho
respira ofegante,procura alguém disposto
a aceitar seus serviços.
Não só para suprir seu vício
mas sem ele não tem como suportar
as dores da banalidade pois ainda
não é mulher só uma criança sem
lar e com fome.
O governo a interna e a outros mais
por causa do vício, querem ajudá-los
a força,os submetem a tratamentos
rigorosos,trocam seus vícios por outros.
Tiram sua liberdade de ir e vir,a lei
deveria garantir aos mesmos liberdade e
segurança,mas só pensam na estética
em como as ruas ficariam mais apresentáveis
aos outros civis e aos afortunados que
poderiam caminhar sem se preocupar
em ver logo ali na calçada aquele
amontoado de pessoas queimando aos
poucos o que lhe resta de vida em um cachimbo
Como em qualquer outro procedimento
os que não se recuperam viram
mais um número nas estatísticas.
Ô Clarice !tivesse nesse dia
em algum quarto de motel
mas estava na rua, quando os policiais a levaram
abusada dentro da viatura sem pra quem
contar,por que aquilo tudo, não queria tratamento
apenas um lar,só porque era moradora de rua
e uma viciada mas há tantos médicos , advogados,
pessoas ricas que sofrem do mesmo vício,por que
não os levam a força também?
Quando em choro e tentando ajeitar a alça
do vestido rasgado pelo abuso,sentiu como
se uma lança lhe atravessasse o peito
de joelhos contemplava toda sua trajetória
e sem arrependimento sorriu ,mas foi calada com
mais três tiros.
Infelizmente o caso fora arquivado em
meios a outras centenas de pilhas,pois
o que é a compaixão em um mundo
movido por seres tão egoístas e orgulhosos
como o homem?.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
desgaste trabalhista
A vida se tornou tão só
e pra seguir a fila precisei
trabalhar,horas vagas de
exercícios repetitivos.
Corpo cansado, só quer
saber de repouso,vejo
amigos passarem com
seus sonhos amarrados a seus pés
sendo arrastados contra sua vontade
Toda a indignação calada
todos aqueles princípios deixados de lado
toda aquela motivação jogada no sofá
de braço cruzado.
O dia passou e o arrependimento
pois nada fez além de por no bolso
do patrão uma nota de cem,sua
alma treme,se a mesma de fato exista.
Mas hoje estou tentando fazer você lembrar,
de tudo que esqueceu , pois já faz um tempo que vejo sua
cabeça virada para o nada,talvez tenha uma chance se permetir
que as velhas palavras daqueles loucos entrem e brotem na sua
mente,mate a sede e a fome de sua rebeldia e indignação que via sempre presente em
sua adolescência que estão na poeira que deixou quando fez seu percurso
à vida adulta.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Menina
Á quanto tempo garota ,
como se sente agora ?
que as festas acabaram
e seus amores já não lhe
dão prazer.
Esqueceu de seus critérios?
de como era difícil fazer-lhe
sorrir,cadê seu glamour,cansou
de dizer não?,te pregaram
uma peça e você caiu,isso
acontece por ficar olhando para o céu.
Acenda a luz do seu quarto, que
nunca pude conhecer,do lugar
que lhe resta, seu refugio para
tanta reviravolta,talvez sinta
um pouco de aflição ao ver
seus velhos amigos dando-lhe
as costa,passando como desconhecidos.
Mas não chore ainda
guarde isso para outra ocasião
as pessoas mudam como as Luas de Marte
elas podem te perdoar ainda
ninguém é tão tolo para não conhecer
a leve inclinação que o homem tem para o erro
Quem sabe agora pode
correr para seu Dom Quixote com seus trapos
ainda mais agora que é invisível para os
olhos do mundo,então não tenha medo, compartilhe-o
seu sonhos e sofrimentos,pois como você
já fui uma sombra em meio aos pedestres .
Te entendo se não quiser
mas queria saber como
se sente agora que o Mundo
mostrou-se a você despido
de fantasias e falácia .
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