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domingo, 28 de abril de 2013

Sensualize

 Caraca me perdoem a comparação e o palavreado  mas ter idéias é como defecar, ás vezes vem aos torrões e noutras em bolor

Como um gatuno
em busca de um rato
gordo e suculento
me adentrei naquele recinto
refugiando-me do frio
quando me deparei com
uma figura coberta por um fino
pano que deixava amostra
um corpo jovem de pele branca
com pequenos seios mas ao descer
viasse curvas tão cuidadosamente traçadas.

Alvoroçado, não consegui conter a fera
que rugia que suplicava por carne
passei minha infância reprimindo
esses  pensamentos ao ponto que
me obriguei a virar padre mas mesmo
os homens dito santos não passam de
meros humanos com desejos para serem
saciados e não consegui vê-los
manchando suas batinas e os
cruzifixos com anjos sem asas
e seus pequenos dedos que deslizavam
suavemente debaixo das saias
me recolhi sem nenhuma reação
nem coragem para parar as aberrações
que aconteciam dentro daquelas paredes
que serviam para missas e reuniões
 sobre os  bons costumes
e leis que tornam a vida do  homem
limpida o suficiente para poder entrar no paraiso.

Sai para servir meu país e me livrar do peso
acumulado,desde então estou vagando por
florestas e desertos sem contado com outras
pessoas nem mesmo companheiros de regime
que se perderam no salto.

Preciso controlar-me mas uma mulher sozinha
e rotulada como inimiga tornar-se um
convite tão chamativo para o erro
que não me contive avançei sobre
aquele corpo sem piedade
sendo mais forte a peguei
desprevenida abaixei a vestimenta e
penetrei no meio daquela mata virgem
e saborei do mais doce orvalho
abafei seus gritos e suplicas com
a mão que por vezes deslizava o indicador
e o dedo médio por entre seus labios

Estava entregue ao delirio e ao prazer
percorri por vezes sua pele macia
até sua intimidade violada
e estimulando o clímax
 suado e mantendo
meus movimentos frenéticos
que por vezes  imaginei que poderia
 rasgar-lhe ao meio
deixei então que gritasse sem ter
sua indignação calada

A noite acabou, sentei na beira da cama,
contemplava aquela mulher de bruços
cansada, com os olhos molhados,e soluçando baixinho
deslizei a mão que se encontrava sobre sua
cabeça em um sutil zigue-zague até sua coxa
pronunciei então em tom forte e decedido
Casa-se comigo.
 




quinta-feira, 25 de abril de 2013

Tributo ao Bom Senso



Venha comigo!,dizem
aqueles que pensam possuir
a verdade
com seus  olhos fumegantes,
inundados de uma confiança
 que chega a ser grosseira  a
opção escolha.

 Minha glória está
em dizer não a esses
que se conformam com
a normalidade ,que seguem
regras impróprias ao bom senso

Não quero por minha cabeça de molho
ou trocá-la por um relógio ou planilha
não quero chegar no final e perceber
que este se desintegrou pelo desuso

Quero me perder em labirintos
de prédios e pessoas
ser abandonado  em uma esquina
deserta preste a me afogar com meu
próprio sangue
 quero ser puxado pela sucção de um navio
naufragando

Não quero ser feliz tendo que me contentar com  a simplicidade
 não quero admirar a velhice como se ela fosse o
triunfo ,o prêmio merecido após
 a maratona,quero mesmo, cortar o cordão umbilical
com a mandíbula ,pular da infância para a velhice e
da velhice para a infância,fazer do dia uma eternidade
esquecer da paciência e me extasiar de
prazer e energia,quero impaciência e flivolidade
quero me esbaldar com minha falta de sorte
e então morrer com a certeza de ter deixado
o cardume para me aventurar nos abismos
de aguas desconhecidas














domingo, 21 de abril de 2013

Falácia do Amor


Os dias se arrastam
Como lesmas atravessando
O lodo,sou como
Uma maçã que foi mordida
E arremessada em um canto
O corpo esta mofando aos poucos
Já não sei, se o que penso é fruto
De uma consciência sã.

Tudo por causa de uma
Mulher, que esbarrei
Quando atravessava o estado
Sem aviso,ou opção
Me vi embalsado por
Um amor incondicional
O tempo era como um
ônibus desgovernado
Sobre a corda bamba.

Mas não pude me
Controlar quando percebi
Que aquele amor virará
uma árvore que
Não dava mais frutos
E não fazia nada além
De tirar da terra a pouca
Fertilidade que restava
 E só serviria para
Alimentar a lareira .

A má noticia,
Que percebi isso só
Depois de a encontrar
Se deleitando nos braços de um estranho 
Enquanto buscava algo para
Afugentar a fome

 Um erro.
O orgulho ferido
Um sonho Estuprado
talvez  pelo pecado
De ter desejado e cobiçado
O amor absoluto
A perfeição amaldiçoada
A pior ofensa que se pode
Fazer a um Deus onisciente
e narcisista.

Minha falsa ética
Pedia justiça
A qual foi cedida pelo dedo
Indicador,que se vangloriou
Por alguns minutos
Até parar nessa cela
Sem visita,sem saída
Com um pouco de pavor
Por estar feliz e com
A certeza de que se houvesse
outra chance não
Mudaria seu desfecho.