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sexta-feira, 11 de maio de 2012

 Sexta feira que porre pois todo dia pra mim é figurinha repetida, não vejo nada mudando nem gente morrendo pelo menos se eu presenciasse um acidente teria inspiração para escrever, e recordar de fatos passados até que me deixa um pouco feliz, droga ! não é desse sentimento que preciso.

               Purpuria Escarlate


Sentado em seu leito
com flores e velas
um homem murmura
pela perda de sua meretriz

Pois diferente de tantas
que pelo caminho encontrou
foi ela a única que o amou sem receio

Sabia ele que o mundo não era feito de flores
e que ser benevolente e meigo não o
faziam qualificado para se tornar um esposo

Mas formosura e riqueza faziam
de um embostelado e malevolente
um rei decente e majestoso 

Então um atalho tomou e por
um longo tapete  de sangue e lágrimas desfilou
até sentar-se em um trono de injurias e arrependimentos

Seu orgulho e persistência o haviam  traido
então flutuou por ruas desertas sem
rumo, e cada vez que olhava para o lado
podia presenciar cenas das quais um dia
ele havia sido o protagonista.

E em alguns becos
homens abusavam de
mulheres que pela noite vagavam
algumas por dinheiro outras por
descuido ou por acharem que
existe lei ,segurança  e liberdade aonde
há homens que dizem serem visionários e justos

Crianças viram produto de exportação
outras escapam mas o destino é cruel
e seus corpos pelo frio é consumido
enquanto homens de terno enchem seus
bolsos, e após limparem a testa cobrem
 o rosto de pequenos corpos que agora
sem vida enfeitam a calçada 

 Mendigos que dormem ao relento 
tem no sonho o único meio de lembrar
que a felicidade existiu um dia mas
agora dormem com medo pois gargalhadas
de jovens ecoam na noite,sinal que
nesse momento um homem queima na rua

Mulheres que saem para regar suas flores no jardim
são vitimas de balas perdidas as quais
ora são de malfeitores de toca e calção
ora de homens de farda e boina
E assim as coisas cada vez faziam menos sentido a ele.

Sua mente já não aguentava mais
era tanta lembrança que o atordoavam
e no final viu a si mesmo vindo ao seu encontro
Mas uma voz aguda e sem forças o trouxe
de volta.

Sim era a tal meretriz que agora descançava
em paz e quem a matou agora chorava de
saudade ,pois não queria ele que o tempo
mostrasse que seu amor era volúvel e
ela apenas mais um fantoche de um reality show
para homens invisiveis que governam
a mente de pessoas que se dizem terem surgidos de
uma costela.

Seu sofrimento chegou ao fim
quando uma dose de barbitúrico
correu em suas artérias dando
o final esperado por uma plateia
de loucos e insanos que espreitam
a deriva da razão 


















2 comentários:

  1. ô Louco, vai aonde?
    Você é bom nisso...
    Massa pacas...

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  2. ararara!
    eu falei que tu devia fazer isso!
    sai azar! muito bom!
    e sua ! visão ! de mundo é muito assustadora!(e realista)

    EPA! comentei no lugar errado, esse não é o blog mauricio de souza!
    rararara!brincadeira!-Anão.

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